domingo, 26 de agosto de 2012

Dia do Catequista



Educar é mandato sublime, seja em qual for a área do conhecimento humano. Já instruir na fé é ministério sagrado, reservado a seres especiais. Assim se constitui a missão do (a) catequista. Voz da Igreja que parte, amplia e reparte o alcance do anúncio libertador. Pessoa de abdicação, inserida no seu tempo, atualizada. Estrategista que encontra tempo e disposição de se colocar a serviço. Malabarista equilibrador de trabalho, família e Igreja. Acrobata que se sustenta nas finas cordas das labutas diárias, amparado por uma força maior, causando suspiros nervosos e aplausos no final. Agricultor cujo cultivo são as amizades, cuidadas com fineza nos gestos e regadas pela delicadeza materna no trato, anunciadores e reveladores do amor Criador. Matemático prático que se divide e multiplica, dando conta de reuniões, encontros, planejamentos, estudos e infindáveis documentos eclesiais. Artista talentoso interpretador de vários papéis, sendo pai, mãe, médico, escritor, cantor, animador, palhaço, terapeuta, diretor espiritual e tantos quantos forem necessários.

De forma bem resumida, o catequista é isso! Mas ser catequista é muito mais! É apresentar a boa nova a mentes e corações sedentos do Eterno. Apaixonar-se pela vida e pelo seu ministério, saboreando o banquete da partilha e temperando com generosas pitadas do Sagrado a vida de sua gente. Fazer com que nos reconheçamos filhos amados, descortinando um horizonte no qual nos percebemos participantes de uma mesma e grande família. Despertar a co-responsabilidade, sentimento e atitude impulsionadora ao cuidado com o próximo, o planeta. Polir o espelho de nossa existência, embaçado pela modernidade egoísta, deixando-nos enxergar nossa imagem no outro, semelhante que nos instiga a ser melhores. Fazer experienciar que o Sublime se “gentificou”, dignificando nossa espécie, na certeza da possibilidade de santificarmos a humanidade, eternizando o oculto numa aparência passageira. É ser profeta, enxergar além, garimpar a presença de Deus nas labutas humanas, apontar com segurança, criatividade e ousadia o Caminho que nos leva ao Pai.

Enfim, ser catequista é, acima de tudo, ser “ser-humano” obediente ao projeto do Pai, ser cristão consciente de sua missão de espalhar a Boa Nova do Reino a todas as criaturas.

Pe. Marlone Pedrosa
Comissão Bíblico-Catequética da Diocese de Caratinga-MG


sábado, 25 de agosto de 2012

Carta do Bispo Diocesano sobre as Eleições



Com o início do Horário Eleitoral Gratuito no Rádio e na TV de todo o Brasil na última terça-feira, 21, além de acompanhar com atenção as propostas dos candidatos a prefeito e vereador, que tal conferir mais uma vez a carta oficial de orientação do Bispo Diocesano, Dom Célio Goulart, a respeito das Eleições 2012? 

"Aos Presbíteros, Diácono Permanente, Religiosos e Religiosas, aos Membros dos Conselhos Paroquiais, aos Fiéis Leigos e Leigas e a todo o Povo de Deus que se encontra na Diocese de São João Del-Rei, a minha saudação de paz e a certeza de que eu lhes quero muito bem como bispo, irmão e amigo. 
É na procura da concórdia, do entendimento e do desejo de que os Municípios que se encontram na região de nossa Diocese possam escolher com muita lucidez seus representantes como Prefeitos (as), Vice-Prefeitos (as) e Vereadores (as) nas eleições municipais de outubro próximo que envio esta Carta Pastoral para todos.
Nossa Igreja do Brasil, através da orientação dada pela CNBB, em abril passado, durante a Assembléia Geral realizada em Aparecida, como também nós, bispos do Regional Leste II, Minas Gerais e Espírito Santo, temos tido a preocupação de orientar nosso povo neste momento importante, por sabermos que o voto de cada pessoa vale muito para construirmos uma realidade melhor nos Municípios de nossa região. Sabemos que a política, exercida com honestidade e retidão, pode se tornar, para o cristão, uma forma sublime de exercer a caridade (CNBB, Doc 67, 2). Por isso, todo cristão é chamado a assumir este momento eleitoral com seriedade, ajudando os irmãos e as Comunidades Paroquiais e Eclesiais a um sério discernimento sobre a escolha de candidatos.
Cabe-nos a missão de conscientizar os cidadãos e cidadãs de sua responsabilidade de votar, e votar bem, tendo presente que seu voto não tem preço, tem conseqüências, e de escolher com cuidado seus candidatos. Que os candidatos sejam conhecidos e portadores de uma história de trabalho e iniciativas em prol do desenvolvimento da comunidade local, sobretudo dos mais pobres. Este momento também será oportuno para retomarmos a Lei 9840, de 1999, que define como crime a corrupção eleitoral e assumirmos, agora, a mobilização nacional, em vista do aperfeiçoamento dessa Lei de iniciativa popular.
A Igreja não exerce política partidária, portanto, não indica partido ou candidato durante as campanhas políticas. Porém, a Igreja, em seu discurso e ação defende a política do bem comum e a construção da democracia. “A Igreja tem o dever de oferecer, por meio da purificação da razão e através da formação ética, a sua contribuição específica para que as exigências da justiça se tornem compreensíveis e politicamente realizáveis”. “A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível [...]. Mas toca à Igreja, e profundamente, o empenhar-se pela justiça trabalhando para a abertura da inteligência e da vontade às exigências do bem” (Deus Caritas Est 27).
Nós louvamos e incentivamos os nossos irmãos leigos e leigas que, discernindo um apelo de Deus em suas vidas, dispõem-se a se candidatar a algum cargo eletivo e, assim procurar realizar mais eficazmente o bem comum. A Igreja do Brasil, através dos Documentos elaborados pela CNBB, procura passar importantes orientações sobre esta participação efetiva dos leigos e leigas no mundo da política. 
Lembro, ainda, que os leigos e leigas que têm uma participação mais efetiva em nossas Paróquias e Comunidades Eclesiais, tais como Ministros Extraordinários da Proclamação da Palavra e da Distribuição da Comunhão,  Coordenadores (as) de Conselhos de   Comunidades ou outras importantes funções nas Comunidades, que se apresentarem como candidatos (as) a cargos eletivos, que não usem de seus serviços eclesiais como meio de sua promoção eleitoral e que os Párocos e os Conselhos Pastorais Paroquiais decidam sobre a permanência ou o afastamento dos mesmos em seus serviços pastorais durante o tempo em que se transcorre a campanha eleitoral.
Somos conscientes de nossas responsabilidades neste momento eleitoral nos Municípios onde estamos como Igreja Particular de São João Del-Rei. Por isso insistimos na necessidade de nossa participação ativa, conscientizando a todos de sua responsabilidade de votar bem. Igualmente lembramos que todos vocês são responsáveis pelo bom clima que deve reinar durante este tempo, não permitindo divisões, brigas, desentendimentos em nossas Comunidades Paroquiais. O exemplo de nossa Igreja Católica nos Municípios seja para favorecer o crescimento de uma sadia cidadania que deve ser exercida por todos.
Ainda devemos pedir a todos que após as eleições tenham os corações abertos a oferecerem o perdão, caso tenham sido ofendidos ou caluniados. Os desentendimentos havidos deverão ser perdoados e todos procurem restabelecer laços de amizade e companheirismo.
No processo de uma verdadeira democracia que haja em nossos Municípios as Comissões de acompanhamento às ações dos Prefeitos (as) e Vereadores (as) que foram eleitos, para que exerçam com honradez seus mandatos e cumpram com transparência e fidelidade os compromissos assumidos em vista do bem comum, não permitindo benefeciar-se a si próprios ou a seus parentes e amigos.
Agradecendo a atenção e saudando a todos, com os votos de uma vida melhor para nossos Municípios, quero abraçá-los e lhes dizer que acreditamos que é possível um amanhã melhor pela participação de todos".

São João Del-Rei, 03 de julho 2012.
D. Célio de Oliveira Goulart,
Bispo Diocesano de São João del-Rei (MG)

Fonte: www.diocesedesaojoadelrei.com.br

Reflexão Semanal




Dia 26 de agosto
21º Domingo do Tempo Comum.

Evangelho (Jo 6, 60-69).
“A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus!” (Jo 6, 68-69).
Jesus se revelou de diversas maneiras às multidões e de modo especial aos seus apóstolos, que tiveram a graça de conviver com Ele de modo mais íntimo. Inúmeras pessoas não o reconheceram como o Salvador e Messias esperado, mesmo vendo suas obras e ouvindo seus ensinamentos. Por isso ...
... Ele se dirige a seus apóstolos, com o questionamento de que talvez eles também não O quisessem segui-lo. Pedro, em nome de todos, professa mais uma vez sua fé e suas convicções ao afirmar que somente Jesus tem palavras de vida eterna e que Ele é o Santo de Deus.
A fé exige de nós uma decisão de seguirmos a Jesus sem reservas. Na experiência cristã e eclesial são muitos os sinais da presença do Senhor em nossa vida, como a vida sacramental; as manifestações da misericórdia e da compaixão do Senhor para conosco; a certeza de sua ação em nós quando lutamos pela justiça e pela prática da caridade. O Senhor está sempre no meio de nós!
Neste domingo do mês vocacional nós lembramos os Catequistas de nossa Diocese. São milhares de homens e mulheres que assumem esta missão evangelizadora em nossas Paróquias e Comunidades. A todos os catequistas o meu agradecimento por nos ajudarem nesta missão. Não percam nunca de vista o Senhor, pois somente Ele tem Palavras de vida eterna!

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano
Fonte: www.diocesedesaojoaodelrei.com.br



domingo, 19 de agosto de 2012

Reflexão Semanal



Dia 19 de agosto
Solenidade da Assunção da Virgem Maria.

Evangelho (Lc 1, 39-56).
“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42).
Em uma das mais queridas festas em honra da Virgem Maria celebramos hoje sua Assunção ao céu. Após sua vida terrena a Virgem Maria foi elevada ao céu com seu corpo terrestre. Seu corpo, que trouxe para nós o Salvador Jesus Cristo, esteve isento da corrupção da morte. Este é um dogma de nossa Igreja, proclamado na Igreja no ano de 1950 pelo Papa Pio XII, mas ...
... desde as origens do cristianismo este momento da Virgem Maria foi celebrado pela Igreja. Damos graças a Deus Pai que retribui a Virgem Maria por sua humildade e disponibilidade. Ela se fez serva do Senhor e participou ativamente do Mistério da Salvação.
Nesta celebração reafirmamos nossa disposição em seguir o exemplo de Maria, seja como Igreja, seja em nossa experiência pessoal de fé, porque nos são concedidos os meios para isto. A Igreja apresenta no mundo de hoje a proposta de Salvação para todos que desejam conhecer Jesus. Como cristãos, através de nosso testemunho e nosso empenho em atividades como nas Pastorais, nos Movimentos Eclesiais e outras atividades, teremos sempre oportunidade para anunciar Jesus Cristo.
Neste mês vocacional celebramos neste domingo o Dia dos Religiosos. São aqueles e aquelas que na Igreja consagraram sua vida a Deus e à Igreja através da Vida Religiosa. Vamos procurar conhecer estas pessoas que em nossa Diocese têm dado testemunho de uma vida alegre e despojado que são os Religiosos e as Religiosas. Visitem alguma de nossas Comunidades de Vida Religiosa, para um melhor conhecimento sobre seu modo de vida.

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano.  
Fonte: www.diocesedesaojoaodelrei.com.br 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Assunção de Nossa Senhora



15 de Agosto
Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: 
"A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.” 
Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.
Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte. 
É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos. 
Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!




segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Reflexão Semanal



19º Domingo do Tempo Comum.

Evangelho (Jo 6, 41-51)
“Disse Jesus: Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair. E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 44).
Ao multiplicar os pães para a multidão, Jesus fez um longo e profundo ensinamento sobre o Pão da Vida e o seguimento daqueles que n’Ele acreditaram e se propuseram a segui-Lo. A obra que Jesus realiza é a obra do Pai, por isso Jesus direciona ao Pai o poder de ...
... despertar nas pessoas o encantamento por Jesus. Quem segue a Jesus terá a vida eterna desde agora. E vida eterna é a vida de comunhão entre o Pai e o Filho.
O Pão da Vida, que recebemos na Eucaristia, nos libertará dos sinais de morte: o pecado com suas conseqüências. Assim comungar com sinceridade do Corpo do Senhor nos dará condições de criarmos entre nós uma comunidade de irmãos e irmãs, onde desaparecem os distanciamentos e os preconceitos. O Senhor é o mesmo para todos, para que sejamos também capazes de trazer a todos para a intimidade de nossos corações.
Neste mês vocacional, o segundo domingo é dedicado aos Pais, e também neste domingo iniciamos a Semana Nacional da Família. Oportunidade para nos alegrarmos com nossos pais que na experiência da família são sinal de dedicação e de entrega total para que haja o bem estar e a segurança de nossas famílias. Celebrem com alegria estes dias em sua família! Que todas as nossas famílias sejam abençoadas pela Sagrada Família de Nazaré.


D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano.   

Fonte: www.diocesedesaojoaodelrei.com.br

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Reflexão Semanal:


18º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (Jo 6, 24-35).
“Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” (Jo 6, 35).
Continuando a temática do domingo anterior sobre a multiplicação dos pães para a multidão que O seguia, Jesus se revela a todos como o verdadeiro pão da vida. Quem se nutre do Pão, que é Jesus nunca mais terá fome. Tudo isto é muito difícil para a compreensão daqueles que naquele momento estavam ao redor de Jesus. Diante da multiplicação dos pães e dos peixes as pessoas ainda não haviam compreendido ...
... que estavam diante do Filho de Deus, que lhes propunha um modo novo de vida: a partilha, a solidariedade, a confiança em Deus que tudo providencia.
A Eucaristia é hoje para nós o momento que podemos experimentar a bondade do Senhor. Ele mesmo se deixa ficar para sempre nas espécies do pão e do vinho, que na transubstanciação tornam-se presença real do Senhor. A Eucaristia é o sacramento que nos dá oportunidade para o crescimento na fé e para vencermos os desafios que cotidianamente encontramos em nossa vida cristã.
No mês de agosto comemoramos o Mês Vocacional. Nesta semana lembramos aqueles que são os Ministros Ordenados em nossa Igreja: Bispo, Presbíteros, Diáconos. Além da oração por nós, que somos seus pastores em nossa Igreja Diocesana, quem sabe que você não iria pessoalmente cumprimentar aquele que em sua Paróquia exerce este Ministério com dedicação e fidelidade?

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano.   
Fonte: www.diocesedesaojoadelrei.gov.br

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Comemoração do dia do Padre

No dia 03/08/2012, a Paróquia de Santa Rita de Cássia, comemorou o Dia do Padre, com a Celebração da Missa no Santuário e logo após, uma Confraternização com a participação do Pároco e todos os que participaram da celebração.  No dia 04/08/2012, a comemoração aconteceu na comunidade do bairro de Cássia, com a celebração da Santa Missa ás 19h00min, na Igreja de São Pedro e São Paulo.

Confira algumas fotos na "Galeria de fotos" e também no Facebook da Paróquia.

domingo, 5 de agosto de 2012

ASCENDENDO MAIS UM FÓSFORO


Certa vez um homem ficou com pena de um menino que caminhava a pé à noite, por uma estrada empoeirada. Aproximou-se e lhe prometeu dar uma bicicleta. “Mas o caminho é muito escuro, disse-lhe o menino e tenho medo de cair!” “Então eu lhe darei uma com farol.” No mês seguinte o presente chegou. Todo feliz o menino queria ver a luz acesa. Apertou um botão, girou o guidão, puxou uma corrente dela... e nada do farol acender. Então foi à casa daquele homem para  agradecer e reclamar. Agradecido mas um pouco triste lhe disse que não conseguia acender o farol, quem sabe havia um defeito nele.  Então ouviu aquele homem lhe dizer: “pedala que o farol acende!”

È isso aí! Só será possível uma pastoral mais acesa, mais clara, quando se caminha, quando não se fica contemplando o que se tem, mas quando em nossa Assembléia Pastoral, Paroquial e Diocesana conseguirmos pedalar, pedalar, pedalar.                                                          
Auxiliando nessa caminhada, acendo mais um fósforo, tentando uma luzinha a mais no caminho de nossa Assembléia. A equipe diocesana de coordenação da pastoral pediu-me para esclarecer alguns pontos ainda obscuros.

1) Nossos leigos e leigas têm não só o direito mas o dever de falar, dar opiniões, apresentar TUDO TUDO   que pensam sobre nossa Igreja Particular nessa caminhada de Assembléia, mesmo aquilo que no momento atual da Igreja vai de encontro a alguma norma , orientação ou lei. Única exceção é naquilo que se refere à Lei de Deus.
O próprio Direito Canônico em seu último Cânon diz que se deve seguir as determinações dos cânones, MAS  a Lei Suprema na Igreja é a da salvação das pessoas. Isto quer significar que o valor máximo em nossa Igreja é a pessoa humana e sua salvação, que está acima de qualquer lei humana  da autoridade eclesiástica.

2) Por determinação de Jesus Cristo a Igreja Católica não é uma democracia, no sentido sociológico como entendemos  atualmente, e portanto ela não pode aprovar tudo o que o Povo de Deus deseja porque poderia ser talvéz uma  infidelidade a seu Fundador.

3) Qual seria então a função específica de uma Assembléia de Pastoral ? Os leigos dariam suas opiniões e a Igreja em sua hierarquia tomaria o caminho que quisesse? NÃO ! O bispo e os presbíteros têm o dever de escutar TUDO de seu povo e depois com a iluminação do Espírito Santo, a visão da realidade global, o auxílio das ciências humanas e de suas assesso-rias, decidir aquilo que for melhor para nossa Igreja no momento atual. “Provai de tudo e guardai o que for bom” nos diz a Palavra de Deus.
Função específica de todos no clima de Assembleia, é falar, falar, falar... dar aos nossos pastores conhecimento do que está acontecendo na vida da Igreja e no mundo,tanto no centro das avenidas quanto nas periferias dos bairros e da zona rural.

4) Juridicamente a Assembléia é de PASTORAL, ela deve ajudar a traçar  planos,  diretrizes,  opções e  prioridades pastorais para os próximos anos. Não se trata de uma Assembléia LEGISLATIVA.
Alguns poderão dizer: “então pra que Assembléia, se não poderemos mudar muitas leis?”
Uma primeira resposta: se os leigos (as) ficarem calados serão responsáveis pela possível escuridão do caminho (caso da bicicleta no início deste artigo) ... e se os pastores não escuterem e ponderarem diante de Deus aquilo que ouviram do Povo de Deus para tomar as decisões cabíveis, eles é que serão responsabilizados e julgados por Deus.

Uma segunda resposta: quase todas as decisões tomadas até hoje nasceram das forças das palavras apresentadas pelas bases. Uma árvore só cresce por causa do vigor de suas raízes.
O Concílio Vaticano II, um Concílio Pastoral, não surgiu de cima para baixo, mas nasceu de um Santo, o Papa João XXIII, que soube escutar o que vinha germinando nas bases, nas periferias do mundo e não só no centro romano.

5) A Assembléia de Pastoral da Paróquia é o organismo maior no qual se reúnem as forças vivas da paróquia; é o meio de unidade, de co-responsabilidade e de comunhão; é um tempo para ouvir a Palavra de Deus e escutar a voz do povo; é meio privilegiado, para garantir um processo participativo, aberto a toda a comunidade.
Em resumo, é um tempo de PEDALAR para o farol da bicicleta acender, afim de que se possa:
a) trocar idéias e propostas 
b) definir prioridades
c) indicar pistas para futuras decisões pastorais.

Sendo a Assembléia o instrumento de construção da comunidade eclesial, dela deverão sair e por ela passar os planos, a organização dos serviços e dos diversos ministérios, a experiência de fraternidade e de co-responsabilidade comunitária.

         Com coragem, alegria, e confiança vamos continuar pedalando para que o farol de nossa Igreja possa iluminar cada vez mais os caminhos de nossa paróquia e diocese. “Vós sois a luz do mundo”. Ela não pode ficar escondida, debaixo da cadeira, mas deve estar num candelabro em cima da mesa para iluminar a todos que estão em casa.

               José Nacif Nicolau, pe. (assessor teológico-canônico)

  

ASSEMBLÉIA ARQUIDIOCESANA DE PASTORAL


A complexidade da sociedade moderna, a emergência do mundo urbano com seus inúmeros desafios que, sem dúvida, repercutem na evangelização e desafiam a presença da Igreja no mundo, para que ela possa visibilizar o mais que puder o Reino de Deus, do qual ela é sacramento e instrumento, exigem cada vez mais que se dê a devida atenção ao Planejamento Pastoral Participativo.
É com este olhar que a Arquidiocese de Fortaleza realiza nestes dias (18 a 21.10.07), um evento importantíssimo, a sua 19ª. Assembléia Arquidiocesana de Pastoral, como parte de um longo processo participativo distribuído em três momentos (VER a realidade, JULGAR esta realidade com critérios emanados da Bíblia, do Magistério da Igreja, da reflexão teológica e da contribuição das ciências humanas e, na fase final destes dias, o AGIR, que recapitula os dois momentos anteriores, e define o Objetivo Geral e as Prioridades Pastorais que a Igreja de Fortaleza assumirá durante os próximos anos.
Referida Assembléia se reveste de grande importância.
Em primeiro lugar, é um instrumento de comunhão e participação, na medida em que tem uma identidade circular, pois reúne os membros da Igreja que estão mais comprometidos com a sua ação, para pensar e definir comunitariamente qual o rumo da Igreja por um determinado período.
Em segundo lugar, a Assembléia é convocada para recuperar, no atual contexto, a nossa grande utopia: o Projeto de Deus e o lugar da esperança num mundo marcado pela “pós-modernidade”, que diz não a qualquer perspectiva de futuro, a qualquer horizonte mais distante, e aposta no imediato. O que vale é o aqui e agora, a “ditadura do presente”. O Planejamento rompe com esta lógica e projeta um futuro desejável.
Em terceiro lugar, uma Assembléia como esta, com caráter eminentemente pastoral, tem a sua eficácia porque, ao definir o objetivo e escolher as prioridades, busca o que mais nos desafia na evangelização, no pastoreio. Com este planejamento afirmamos que nós, Igreja de Fortaleza, não estamos improvisando, sabemos o que queremos e, acima de tudo, se constrói comunitariamente um referencial comum a ser seguido por todos (Regiões Episcopais, Paróquias, Movimentos, Pastorais, Grupos, Associações e Novas Comunidades), além de ser conteúdo obrigatório de toda a Catequese. É evidente que se respeita a diversidade dos dons, distribuídos pelo Espírito Santo para a edificação da comunidade. Lembremos, no entanto, que o mesmo Espírito, que está na base da diversidade, é o grande artífice da unidade, da comunhão, da eclesialidade.
Por fim, vem um grande obstáculo! Parece que todo o esforço desprendido nesse processo, que se concretiza num programa de evangelização, ou seja, no Plano Pastoral, tem uma vocação - a gaveta. Muitos estudiosos do assunto já se debruçaram sobre esse aspecto tão negativo, que é o desprezo que se dá ao planejamento, e buscaram suas raízes. Acredito que na base de tudo estão o individualismo, conseqüentemente, a falta de senso de eclesialidade e, também, a ausência de mediações de monitoramento. Neste sentido, a responsabilidade é da Instituição e das instâncias responsáveis pelo processo de animação da Pastoral, em todos os níveis da Igreja.
Aqui temos duas opções: ou capitular diante do individualismo exacerbado da nossa sociedade, negando a tradição comunitária da nossa Igreja com fundamentação na TRINDADE, ou assumir esta tradição com toda sua autenticidade, negando o individualismo..Quando essa desvalorização do Planejamento e do Plano Pastoral acontece, cada um vai fazendo por si, com muito empenho e boa vontade, mas sem rumo, ao sabor do modismo, da improvisação, da repetição, ainda que se acredite na força de convocação da Igreja. O pior mesmo é quando se desconhece aquilo que foi construído com tanta dignidade.
Faço minhas as palavras do Pe. Agenor Brighenti: “Para crer no planejamento, é preciso que o comunitário seja mais forte que o individualismo”. Na Igreja, a arte do Planejamento vai além do seu aspecto puramente técnico. Baseia-se numa espiritualidade, numa mística, muito bem lembrada na Carta Apostólica NO INÍCIO DO NOVO MILÊNIO do Papa João Paulo II, quando trata da espiritualidade de comunhão, nº. 43: “Por fim espiritualidade da comunhão é saber ‘criar espaço’ para o irmão, levando ‘os fardos uns dos outros’ (Gl 6,2) e rejeitando as tentações egoísticas que sempre nos insidiam e geram competição, arrivismo, suspeitas, ciúmes. Não haja ilusões! Sem essa caminhada espiritual, de pouco servirão os instrumentos exteriores de comunhão. Revelar-se-iam mais como estruturas sem alma, máscaras de comunhão, do que como vias para a sua expressão e crescimento”.
Que nestes dias, estejamos atentos ao que o Espírito Santo diz à Igreja de Fortaleza.
* Pe. Almir Magalhães é Sacerdote da Arquidiocese de Fortaleza, Reitor do Seminário Arquidiocesano de Fortaleza – Filosofia.
DA – Superar pastoral de mera conservação.
Doc. 94

A Igreja é uma casa?


Os primeiros homens viviam em cavernas. Os últimos esquimós ainda vivem em seus iglus. Em muitas regiões, as cabanas indígenas têm o formato côncavo. O útero materno é côncavo. As mãos que se estendem para acolher um presente também assumem o formato de uma concha.
Depois disso, admira que o Natal do Salvador tenha ocorrido na gruta de Belém e que Nossa Senhora ainda goste de aparecer em grutas, como em Lourdes, na Massabielle? Bem próximo ao coração [kardia], situa-se o ventre [koilia], esse espaço côncavo, aberto, acolhedor, que o texto grego utiliza, às vezes, para traduzir o hebraico rahamim, designativo das “entranhas de misericórdia” de nosso Deus.
Sim, a Igreja de Jesus Cristo tem a função de um espaço de acolhida, uma “morada” que se torna uma “casa alternativa”, uma “casa ao lado” ou paróquia [para / oikos]. No polo oposto das sinagogas excludentes (só dos libertos, só dos imigrantes, só dos tecelões...), a Igreja é casa aberta a todos e seria condenada a murchar e fenecer caso se contentasse apenas em manter os que já “estão dentro”.
A Igreja é “matriz”, “madre”, porque gera em seu útero a nova vida de cada batizado, aliás, mergulhado no espaço côncavo da pia batismal, antigamente situada no côncavo da cripta do templo. Mas não basta que ela seja “matriz”, deve ser também “nutriz”, oferecendo ao novo fiel o prato (aliás, côncavo) com o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia.
Sem esse alimento permanente, os novos filhos não saberiam crescer. O Ícone da Galaktotrophousa mostra Nossa Senhora a amamentar o Filho. Seios fartos que transmitem vida e vigor. Para crescer, a criança precisa de alimento [trophé]. Isto explicaria que tantos fiéis passem a buscar alimento em outra mesa?
Não podemos ficar de braços cruzados – sinal de fechamento em nós mesmos. Ao contrário, é hora de abrir os braços, como na bela imagem do Sagrado Coração de Jesus em nossa paróquia de Minduri. O gesto bivalente da estátua combina admiravelmente a bênção e o abraço acolhedor.
Ora, a História da Salvação é feita de abraços. O Espírito Santo abraça a jovem Maria na Anunciação. Maria abraça Isabel na Visitação [cf. grego, aspasmós]. A Mãe abraça o Filho na gruta de Belém. Simeão abraça o Menino na Apresentação. A Mãe aflita abraça o Filho recuperado no Templo. Por que ficaríamos nós com os braços cruzados?
Talvez nos falte, ainda, receber – num Pentecostes pessoal – aquele abraço de fogo com que o Espírito cauterizou feridas e derreteu geleiras, transformando toscos pescadores e frios cobradores de impostos em incendiários da fé.
Em tempo: o Cenáculo foi a primeira “casa” da Igreja. O espaço interior da Última Ceia foi também o espaço de onde partiu a primeira evangelização. Não é uma casa onde se vive de portões trancados, mas o foco de onde se parte para arrombar as portas e gritar ao mundo que Cristo venceu a morte e nos convida a uma vida nova no Espírito.
Antônio Carlos Santini



Agosto: Mês das Vocações


Em agosto somos chamados a rezar e refletir as vocações. O tema do mês Vocacional 2012 é: Chamados (as) à Vida Plena em Cristo.
Vocação significa “chamar”. Sendo assim, Deus chama a cada um de nós, convidando-nos ao serviço, à doação, à entrega.  Nesse chamado, o que Ele mais quer é que nós estejamos junto d'Ele, de Seu Filho Jesus e do Espírito Santo, participando do amor dessa Família do céu e da nossa comunidade. Jesus nos chama, mas nos dá também os carismas e as qualidades de que precisamos para assumir esse chamado.
Explicando melhor: a vocação, como vimos, é um chamado de Deus para servirmos a todos os irmãos.  Esse serviço é a missão. Podemos concluir que vocação e missão não é a mesma coisa, mas estão ligadas, sendo conseqüência uma da outra. 

Vocação Sacerdotal: é o chamado de Deus para sermos "Jesus", pois foi ele quem instituiu a Eucaristia, quem perdoou os pecados da humanidade... Por isso é o Padre que tem suas mãos ungidas com Óleo Santo, para poder abençoar casais; objetos; crianças; perdoar os pecados; e sobre tudo consagrar a Eucaristia para ter Jesus presente nela..

Vocação Religiosa: é o chamado de Deus para sermos "Maria" em serviço da humanidade, para prestarmos a caridade em diversos lugares, podemos ser até missionários em outro país todo isso a serviço de Jesus Cristo.

Vocação Matrimonial: é o chamado de Deus para casarmos e sermos bons esposos ou esposas, para termos filhos e os educar no caminho de Jesus Cristo e da Igreja.

Assim todas as Vocações se tornam importantes, pois sem o matrimonio não temos sacerdotes, nem religiosas, sem sacerdotes não temos matrimônio, e sem religiosas as crianças necessitadas nunca verão a Deus assim nunca poderão pensar em segui-lo.

Ariel Stival (Seminarista)
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